As notícias são assustadoras: subiu para 12 milhões de pessoas o número de desempregados no Brasil!
Esse é o maior volume de desempregados dos últimos 20 ou 30 anos!
“Eu sou um deles e não há o que fazer”! “Quem sou eu para competir com os outros 11.999.999”?
Essa acaba também sendo uma desculpa para o imobilismo de muitos desempregados, que argumentam estar o mercado em crise, ser ele próprio mais um dos que engrossam esse contingente, que a crise é conjuntural e somente será resolvida quando alguém colocar ordem na economia do Brasil, que não adianta procurar um emprego, pois isso somente implicará em despesas e frustrações etc, etc.
Em outras palavras, há no Brasil 11.999.999 desempregados, mais eu.
Verdade? Não! Tudo dependo do tipo de empregado que você é.
Existem realmente os tais 12 milhões de desempregados.
Entretanto, na sua composição, a grande maioria são profissionais que exercem as funções assim chamadas operacionais: aqueles que são de imediato demitidos em função das crises.
Nessa categoria incluem-se as pessoas que exercem atividades que dependem de habilidades manuais ou de vigor físico, genericamente conhecidos como “braçais”.
Esses compõem o grande contingente dos desempregados.
Empregados do conhecimento
Há, contudo, uma outra categoria: os empregados do conhecimento.
Ou seja, aqueles que não desenvolvem atividades operacionais, mas que “vendem” o produto do seu conhecimento, ocupando funções de planejamento, projetos, execução de atividades administrativas, análises de resultados, comercialização, marketing, finanças, controladoria, logística etc.
Esta categoria é menos suscetível às crises e tem maior probabilidade de sobreviver aos cortes de pessoal, desde que se trate de pessoas que estejam contribuindo para os resultados das empresas.
E, nesta última frase, reside a expectativa que as empresas têm hoje em relação aos empregados do conhecimento: sua capacidade contributiva.
No passado, as pessoas eram contratadas para executar um trabalho.
O que se esperava do funcionário eram atributos como: dedicação, seriedade, pontualidade, frequência regular, qualidade do trabalho realizado, não perder tempo em conversas com os colegas, não fazer “chacrinha” no cafezinho da tarde etc.
Eram as características que definiam o perfil do bom funcionário.
Não se trata de imaginar que hoje esses atributos tenham perdido a importância.
Eles persistem, como condição necessária. Mas, não é suficiente.
A sobrevivência (atual e futura) dependerá não somente de executar um trabalho, mas dos resultados dele.
Resultados
Para sobreviver, o empregado do conhecimento dependerá de sua capacidade de realização, entendendo-se esta como a contribuição que dará, através do seu trabalho, para a melhoria da capacidade competitiva da empresa, através de aumentos de produtividade, reduções de custo, pela conquista de novos mercados ou de novas oportunidades de negócios.
Quem não se justificar através de suas realizações, seguramente será reciclado.
Num mercado em crise, persistem as oportunidades para os empregados do conhecimento, em menor número, é verdade, mas não há uma paralisação total.
Ocorre o fenômeno do turnover normal nesses níveis por óbitos, aposentadorias, afastamento por doença, pedidos de demissão, dispensa pelo imobilismo não contributivo do ocupante do cargo etc.
São funções necessárias para o funcionamento da empresa, que implicam na reposição através da contratação de novos profissionais.
Mais trabalhoso é, entretanto, a identificação dessas oportunidades que em grande parte permanecem ocultas.
A participação nos seus processos seletivos irá requerer do profissional atitude proativa, grande dedicação e empenho, mas sobretudo, trabalho sistemático e lógico de pesquisa, segundo um programa pré-estabelecido.
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