Qual é a diferença entre gerenciar e liderar?
Essa é uma pergunta que foi formulada mais de uma vez e que também foi respondida de várias formas. A maior diferença entre gerentes e líderes está na maneira como motivam as pessoas que trabalham para eles ou os seguem. E isso estabelece a base para a identificação da maioria das diferenças entre como agem.
Muitas pessoas, por sinal, são os dois. Eles exercem a função de gerentes, mas percebem que não se podem comprar corações, especialmente para levar pessoas a seguir por um caminho difícil, e, assim, agem como líderes também.
Gerentes têm subordinados
Por definição, gerentes têm subordinados – a menos que seu título seja simplesmente honorário, conferido como um sinal de antiguidade ou para impressionar terceiros. Nesse caso, o título é um equívoco e não corresponde à autoridade formal.
Autoridade e estilo transacional
Gerentes ocupam posição de autoridade, que lhe foi conferida pela companhia, e seus subordinados trabalham para eles executando o que lhes é demandado ou atribuído.
O estilo do gerente é transacional, significando que o gerente diz ao subordinado o que fazer e o subordinado o faz, não porque seja um robô cego, mas porque há uma recompensa prometida por essa execução (no mínimo o seu salário).
Foco no trabalho
Gerentes são remunerados para fazer com que as coisas aconteçam (eles também são subordinados), geralmente submetidos a grandes pressões de tempo e custo.
Naturalmente transmitem este foco no trabalho para seus subordinados.
Busca da zona de conforto
Resultados de pesquisa recente sugerem que gerentes tendem a provir de estrutura familiar estável e que levam vida relativamente normal e confortável. Isso os induz a serem avessos ao risco e a evitar conflitos, sempre que possível. Em termos de pessoal, eles desejam dirigir um “cruzeiro feliz”.
Líderes têm seguidores
Líderes não possuem subordinados (ao menos não os têm quando estão liderando). Muitos líderes organizacionais possuem subordinados, mas somente porque eles são também gerentes.
Mas, quando desejam liderar, devem abrir mão do controle autoritário formal, porque liderar é ter seguidores e seguir é sempre um ato de atividade voluntária.
Estilo carismático e transformacional
Dizer para as pessoas o que devem fazer não as inspira para seguir o líder.
É necessário apelar para elas, mostrando-lhes que o seguindo isso as levará a realizar os desejos que existem em seus corações.
Elas devem desejar seguir o líder com uma compulsão suficientemente forte para deixar de fazer o que estiverem fazendo e até mesmo adentrar situações perigosas que normalmente não considerariam valer o risco de correr. Líderes dotados de um forte carisma percebem ser fácil atrair pessoas para suas causas.
Como parte de sua persuasão eles tipicamente prometem benefícios transformacionais, de tal natureza que seus seguidores não irão tão somente receber recompensas extrínsecas, mas que irão, de certa forma, tornarem-se pessoas melhores.
Foco nas pessoas
Muito embora muitos líderes possuam um estilo até certo ponto carismático, isso não implica em que apresentem personalidade esfuziante.
Eles sempre são bondosos para com as pessoas.
Um estilo mais discreto e silencioso, que dê crédito às pessoas e que tome as culpas para si é mais eficaz para criar a lealdade que os grandes líderes formam.
Por outro lado, dizer que os líderes são bondosos para com as pessoas não significa que sejam amistosos com elas.
A fim de manter a mística da liderança, usualmente eles mantém um certo grau de distanciamento e indiferença.
Isso não significa que os líderes não se preocupem com as tarefas; na realidade eles são muito focados nos resultados.
O que eles compreendem, entretanto, é a importância de entusiasmar os demais a se dedicarem por uma visão inspiradora.
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Em resumo
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A tabela acima resume os comentários anteriores (e os expande), mostrando as diferenças entre um gerente e um líder.
Claro que são demonstradas as características extremas de cada quesito, entendendo que entre as mesmas existe um amplo espectro de diferentes graduações.
Muitas pessoas são líderes e gerentes ao mesmo tempo e, em decorrência, apresentam uma combinação de comportamentos.