“O cérebro é um órgão maravilhoso; começa a trabalhar quando acordamos de manhã e só pára quando chegamos no escritório” – Robert Frost.
(Revista Mercado – Top de Rh 2004 ADVB – Agosto/2004 – Pg.07)
Vivemos um momento enriquecedor dos valores humanos.
A passagem da Era Industrial para a Era do Conhecimento conferiu nova dimensão ao fator humano das empresas.
Na Era Industrial, pessoas eram contratadas para executar determinados trabalhos, ou para exercer certas funções. Na Era do conhecimento pessoas são contratadas para atingir resultados, executando ou exercendo todas as atividades requeridas para isso, independentemente dos limites de seus cargos ou funções.
Na Era Industrial o profissional trabalhava com ferramentas e instrumentos que eram de propriedade do dono da empresa. Na Era da Informação o profissional trabalha com o conhecimento e este é sua propriedade.
A migração entre as Eras trouxe, contudo, consigo um preço muito elevado: o período do assim chamado capitalismo selvagem.
As empresas promoveram grandes “enxugamentos” nas suas estruturas, camadas inteiras de níveis hierárquicos foram removidas dos organogramas, atividades meio foram terceirizadas com grandes reduções de custos, as pressões sobre resultados tornaram-se ferozes e os sobreviventes passaram a encarar períodos prolongados de trabalho de 12 a 14 horas por dia. O cotidiano de muitos profissionais tornou-se um inferno, suas vidas pessoais desestruturaram-se, o estresse ascendeu a níveis insuportáveis e proliferou-se a dependência química ao álcool e outras drogas.
Como menciona a citação inicial, pessoas tornaram-se selvagens e seus cérebros paralisaram-se, perdendo o foco da dimensão humana da atividade econômica.
Vivemos no presente a fase de retomar o enfoque humano do trabalho, caracterizada pela preocupação crescente com a qualidade de vida dos funcionários e de suas famílias. Este movimento traduz-se nas inúmeros iniciativas enfocadas na implementação de programas de valorização humana, melhoria física e recuperação da auto-estima de pessoas, envolvimento das famílias e valorização do bem estar físico e emocional.
Ou seja, vivemos cada vez mais na Era em que o ser humano é solicitado a contribuir com aquilo que ele tem de mais nobre e exclusivo, que é o seu conhecimento e sua capacidade de realização. Não se fala mais em “mão de obra”, mas de pessoas no sentido integral do conceito.