Dentre todas as competências que o profissional pode apresentar, a Motivação pela Realização destaca-se como a mais importante de todas.
Grandes realizadores (High achievers) estão em constante demanda pelas empresas e, se e quando identificados, imediatamente recebem convites ou são cortejados.
Talvez com algum exagero pode-se dizer que, se não houver vaga em aberto para acolhe-los, a empresa criará um cargo para oferecer-lhes.
Nesse sentido, podemos afirmar ser a Motivação pela realização a “competência” universal.
Uma competência, por seu lado, inclui três componentes: intenção, ação e resultado, o que, no caso em foco é traduzida por:
- Intenção uma forte preocupação em fazer melhor, pressionado por um padrão interno de excelência e uma preocupação para alcançar um resultado único e diferenciado;
- Ação prevê comportamentos empreendedores: estabelecimento de objetivos, tomar a responsabilidade pessoal por resultados e assumir riscos calculados;
Valores x habilidades
A bagagem de conhecimento e as habilidades são as mais fáceis de serem ensinadas.
Atitudes e valores são mais difíceis.
Embora seja possível mudar motivos e características dominantes, este processo é longo, difícil e dispendioso.
Dessa forma, do ponto de vista pragmático, a regra nas empresas deveria ser a de contratar pela motivação central e pelas características dominantes e desenvolver conhecimentos e habilidades.
Contudo, a maioria das organizações faz exatamente o inverso: contrata baseada nas credenciais acadêmicas (formação e MBA em boas escolas), presumindo que os candidatos “vêm com” ou podem ser doutrinados com motivos adequados e características dominantes.
Levando-se em conta o custo, teria sido mais efetivo contratar as pessoas com a “coisa” certa (motivos ou características dominantes) e treiná-las nos conhecimentos e habilidades específicas do trabalho a ser realizado.
Noutras palavras: “Claro que você pode ensinar uma galinha a trepar numa árvore; contudo, seu trabalho é muito mais simples se você contratar um macaco”.