Vamos explorar, passo-a-passo, o processo de como encontrar sua vantagem competitiva:
1. O Inventário
Sente-se e faça um inventário detalhado das mais importantes e impressionantes realizações de sua carreira.
Ou seja, de que forma o seu trabalho contribuiu para a melhoria do desempenho da organização, seja em redução de custos, aumento da eficiência, melhoria da qualidade, aumento de receitas, conquista ou fidelização de clientes etc.
Enfim, o que você fez além de ser assíduo, pontual, dedicado, sério e de executar suas atribuições?
2. Quantifique
Quantifique as suas realizações com números, porcentagens, valores em reais ou dólares.
3. Identifique
Identifique a sua área de excelência profissional, ou seja, os temas ou atividades nos quais você tem grande experiência e, mais do que isso, conhecimentos teóricos, conceituais e enciclopédicos.
São aquelas áreas que você domina mesmo e que você se apresentar como especialista no assunto.
4. Reveja
Reveja agora toda sua carreira, empresa por empresa, procurando temas recorrentes.
Quais os tipos de contribuição que você trouxe para mais de uma delas? Veja a seguir alguns exemplos:
- Você identificou oportunidades de redução de custos?
- Você identificou áreas de deficiência e introduziu melhorias nos processos ou nos métodos?
- Você conseguiu alinhar a equipe na direção de um objetivo, melhorando a motivação e o empenho de todos?
- Você teve participação importante num projeto de crescimento das atividades da empresa, ou introdução de novos produtos, ou em um novo processo de automação ou de aumento da produtividade?
- Você trouxe alguma melhoria no relacionamento da empresa com seus clientes ou mercados?
- Identificou alguma possibilidade de aumento de receitas para a empresa?
- Quantas vezes você foi promovido e por qual razão?
Essa lista pode estender-se infinitamente.
O importante, no caso é o conceito de recorrência, ou seja, algo que foi feito, com o mesmo propósito, em mais de uma empresa.
Importância
Esse conjunto de informações, coletadas de forma sistematizada, irá propiciar a você uma ideia melhor do que você é e das áreas onde você se destaca.
Acredite: você precisa fazer isso. Sua vantagem competitiva é sua arma secreta e vital para o sucesso da busca de emprego!
Por um lado, ela é vital para que seu currículo se destaque e chame a atenção de todos, a partir do recrutador, no processo de seleção.
É ela que vai induzir as pessoas a se deterem e realmente lerem o seu currículo.
Além disso, ela é fundamental para o sucesso na entrevista de emprego.
Quando alguém, num processo de seleção, faz pergunta do tipo: “Porquê devemos contratá-lo para esse cargo?” ou “Fale-me a seu respeito”, mais de 90% dos candidatos acabam repetindo aquilo que já está no seu currículo, discorrendo a respeito de sua idade, formação, cargos ocupados, experiências etc., complementado com uma frase auto elogiosa falando de dedicação, lealdade, concentração e cumprimento de metas.
A sua vantagem competitiva lhe dá a resposta perfeita para esses casos.
Conte sobre o seu valor exclusivo e não seja modesto.
Para muitos de profissionais, incluindo executivos de nível C, encontrar e articular sua vantagem competitiva é um grande desafio, especialmente quando sua experiência é muito diversificada.
Se você precisar de aconselhamento estratégico na tarefa, recomendamos, enfaticamente, agendar sessões de coaching de carreira.
Perfeito EWALDO!!
Não poderia haver uma publicação mais apropriada de tanta acuracidade para a realidade que nós profissionais 50++ vivenciamos.
Faltou você explorar as “restrições” corporativas para os 50++, com a suposição prévia que essa geração não se adéqua mais à era pós digital (analistas de RH nem mesmo leem os CV’s mesmo que tenham um lay-out ou conteúdo adequado – fatos que venho coletando no mercado através do networking com os jovens).
Jose Ademir, agradeço muito o seu comentário. Oportuno e bem fundamentado.
É absoluta verdade que os analistas de RH nem mesmo leem os CV’s. Mas isso não acontece somente com pessoas 50+! Eu tenho uma experiência muito grande como head hunter e constatei que, na maioria dos casos, ninguém de verdade leu o currículo do candidato. Isso se percebe pelas perguntas que são feitas nas entrevistas.
Há tempos, eu publiquei um post que recomendo a leitura. Houve muita controvérsia e eu recebi comentários zangados. Mas, existem nele orientações que pessoas 50+ devem adotar, como, por exemplo, tornar seu CV atemporal. Veja mais em: https://www.lifetransitions.com.br/a-busca-do-emprego-depois-dos-50-anos/